Sábado, 18 de Julho, Quinta Nova em Santiago do Cacém, 36ºC!
O ano de 2009 ficará marcado na existência de muitas como um ano intenso na preparação do evento das nossas vidas, o espectáculo que sempre quisemos concretizar, a representação que sonhámos todas protagonizar! Começou por ser uma homenagem e finalizou-se dessa mesma forma tendo no entanto proporcionado muitos momentos de alegria, de exaustão, de plenitude, de aborrecimentos, de motivação, de impaciência… Enfim, um reboliço de sensações de altos e baixos, de sentimentos confusos e desconexos. Mas sobretudo, momentos de trabalho intenso e de união e coesão necessárias para a realização harmonizada do evento. Tudo ultrapassava-se quando erguíamos o nosso pensamento e reconsiderávamos a razão pela qual nos submetíamos a esse reboliço por mais de 6h por semana.
Tendo despoletado uma intensidade de emoções diferentes ao longo do ano, é natural que se sinta um vazio quando o apogeu é consumado, ainda mais pelo sucesso que foi e ligação comovente entre o público e o palco: uma constante comunicação que fluía no meio de risos e choros, de sentimentos difusos de afecção profunda.
Para tentar minimizar esse vazio, as magníficas anfitriãs Kaizeler tiveram a brilhante ideia e enorme gentileza de organizar uma sardinhada na sua tão acolhedora “Quinta Nova”, um dos muitos paraísos perdidos nas planícies alentejanas.
Apenas algumas pessoas se juntaram ao convívio mas foi o suficiente para espairecer e ter a oportunidade de partilhar ideias e pensamentos que não fossem exclusivamente relacionados com dança. Tantas horas foram passadas na companhia umas das outras no entanto com tanto a fazer e preparar, não havia grande oportunidade para desenvolver grandes conversas e aprender com as experiências e sapiências de cada qual. Certamente a dança não será o único tema que nos reúne se nos dermos ao trabalho de explorar o que existe debaixo da graciosidade dos corpos. Livres de stress, com uma tarde ensolarada pela frente, um repasto delicioso preparado pelos Homens da Jazz, outros assuntos foram abordados, sem as gotículas de suor dos treinos mas com sorrisos relaxados e o brilho de concretização no olhar.
Os ingredientes à mesa foram essencialmente a boa disposição e a ânsia de partilhar um pouco de si com cada qual. Os 36ºC que se faziam sentir, a brisa e os risos das crianças na piscina, a ternura dos cachorros e a amabilidade de toda a família Kaizeler foram ingredientes que trouxeram ao evento a sua unicidade. O contributo de cada foi essencial na preparação do buffet e organização logística! De um lado do terraço, uma mesa com uma grande variedade de legumes todos cortados e separados para cada misturar ao seu gosto; do outro lado, no churrasco, as sardinhas, carapaus e febras saíam e circulavam pelas mesas nas mãos dos voluntários destacados para o desempenho da função. As batatas repousavam ainda no tacho quente por baixo da árvore que nos proporcionou uma sombra imprescindível para nos proteger do sol exaltado que nos picava com o seu ardor.
Obviamente, como qualquer reunião de mulheres, as hormonas não podiam estar completamente sossegadas e sentia-se tensão no ar. Mas soube-se abstrair dessas questões e continuar a reunião com as pretensões originais: estar num sítio sossegado, a conviver longe do stress urbano, junto às pessoas com quem partilhámos grande parte do tempo este ano de uma forma diferente, com bikinis a substituir os maillots, com creme em vez de collants e com chinelos no sítio onde constavam as perneiras. Um ambiente diferente para reunir as mesmas pessoas: deslocámo-nos das habituais paredes, espelho e espaldarte para o ar livre, piscina e espreguiçadeiras e o tecto velho e branco era substituído por um céu azul, com poucas nuvens no qual o sol desempenhava um papel mais enérgico e caloroso que a luz artificial do ginásio.
Foi deveras revigorante e saí de lá com uma certa tristeza e nostalgia, a desejar mais momentos destes e partilhar muitas mais emoções com todas aquelas pessoas, assim como as ausentes que foram também relembradas com carinho e saudade.
Muito obrigada a todos, especialmente às manas Kaizeler, Catarina e Mia, pelo belo momento que nos proporcionaram!
Ana Maria (Zi Blonde)
O ano de 2009 ficará marcado na existência de muitas como um ano intenso na preparação do evento das nossas vidas, o espectáculo que sempre quisemos concretizar, a representação que sonhámos todas protagonizar! Começou por ser uma homenagem e finalizou-se dessa mesma forma tendo no entanto proporcionado muitos momentos de alegria, de exaustão, de plenitude, de aborrecimentos, de motivação, de impaciência… Enfim, um reboliço de sensações de altos e baixos, de sentimentos confusos e desconexos. Mas sobretudo, momentos de trabalho intenso e de união e coesão necessárias para a realização harmonizada do evento. Tudo ultrapassava-se quando erguíamos o nosso pensamento e reconsiderávamos a razão pela qual nos submetíamos a esse reboliço por mais de 6h por semana.
Tendo despoletado uma intensidade de emoções diferentes ao longo do ano, é natural que se sinta um vazio quando o apogeu é consumado, ainda mais pelo sucesso que foi e ligação comovente entre o público e o palco: uma constante comunicação que fluía no meio de risos e choros, de sentimentos difusos de afecção profunda.
Para tentar minimizar esse vazio, as magníficas anfitriãs Kaizeler tiveram a brilhante ideia e enorme gentileza de organizar uma sardinhada na sua tão acolhedora “Quinta Nova”, um dos muitos paraísos perdidos nas planícies alentejanas.
Apenas algumas pessoas se juntaram ao convívio mas foi o suficiente para espairecer e ter a oportunidade de partilhar ideias e pensamentos que não fossem exclusivamente relacionados com dança. Tantas horas foram passadas na companhia umas das outras no entanto com tanto a fazer e preparar, não havia grande oportunidade para desenvolver grandes conversas e aprender com as experiências e sapiências de cada qual. Certamente a dança não será o único tema que nos reúne se nos dermos ao trabalho de explorar o que existe debaixo da graciosidade dos corpos. Livres de stress, com uma tarde ensolarada pela frente, um repasto delicioso preparado pelos Homens da Jazz, outros assuntos foram abordados, sem as gotículas de suor dos treinos mas com sorrisos relaxados e o brilho de concretização no olhar.
Os ingredientes à mesa foram essencialmente a boa disposição e a ânsia de partilhar um pouco de si com cada qual. Os 36ºC que se faziam sentir, a brisa e os risos das crianças na piscina, a ternura dos cachorros e a amabilidade de toda a família Kaizeler foram ingredientes que trouxeram ao evento a sua unicidade. O contributo de cada foi essencial na preparação do buffet e organização logística! De um lado do terraço, uma mesa com uma grande variedade de legumes todos cortados e separados para cada misturar ao seu gosto; do outro lado, no churrasco, as sardinhas, carapaus e febras saíam e circulavam pelas mesas nas mãos dos voluntários destacados para o desempenho da função. As batatas repousavam ainda no tacho quente por baixo da árvore que nos proporcionou uma sombra imprescindível para nos proteger do sol exaltado que nos picava com o seu ardor.
Obviamente, como qualquer reunião de mulheres, as hormonas não podiam estar completamente sossegadas e sentia-se tensão no ar. Mas soube-se abstrair dessas questões e continuar a reunião com as pretensões originais: estar num sítio sossegado, a conviver longe do stress urbano, junto às pessoas com quem partilhámos grande parte do tempo este ano de uma forma diferente, com bikinis a substituir os maillots, com creme em vez de collants e com chinelos no sítio onde constavam as perneiras. Um ambiente diferente para reunir as mesmas pessoas: deslocámo-nos das habituais paredes, espelho e espaldarte para o ar livre, piscina e espreguiçadeiras e o tecto velho e branco era substituído por um céu azul, com poucas nuvens no qual o sol desempenhava um papel mais enérgico e caloroso que a luz artificial do ginásio.
Foi deveras revigorante e saí de lá com uma certa tristeza e nostalgia, a desejar mais momentos destes e partilhar muitas mais emoções com todas aquelas pessoas, assim como as ausentes que foram também relembradas com carinho e saudade.
Muito obrigada a todos, especialmente às manas Kaizeler, Catarina e Mia, pelo belo momento que nos proporcionaram!
Ana Maria (Zi Blonde)
Imagens Quinta Nova (Parte I):